Do DART à plataforma RIONOR

Do DART à plataforma RIONOR

 

“DESENVOLVER, AUTONOMIZAR E REJUVENESCER TRÁS-OSMONTES e ALTO DOURO” 


      Inconformados com a desertificação, o abandono, o envelhecimento e o desrespeito a que desde sempre o poder central tem votado o interior e, bem assim, a Região de Trás-os-Montes e Alto Douro, um conjunto de transmontanos, de descendentes ou amigos de transmontanos, moradores permanentes ou temporários ou simplesmente pessoas que se afeiçoaram a Trás-os-Montes, decidem constituir-se em movimento cívico, designado “DESENVOLVER, AUTONOMIZAR E REJUVENESCER TRÁS-OS-MONTES”, abreviadamente (DART), com o propósito reiterado de contrariar as políticas até hoje levadas a cabo pelo poder central.
      É um movimento cívico aberto a todos os cidadãos que subscrevam os princípios aqui inscritos, independentemente da filiação partidária, da cultura ou etnia a que pertençam e do credo religioso que professem, que pretende colaborar com todos os serviços públicos, instituições e associações já existentes, tendo em vista somente a defesa e valorização da cultura e das condições de vida dos transmontanos.
      Funda-se este movimento nos valores democráticos desde há séculos vivenciados na nossa região, reconhece a importância de todos os agentes políticos que contribuem para o aprofundamento da democracia, defende a política como uma dimensão nobre que deve visar unicamente o bem público e pretende, ainda, ser um aviso sério aos poderes instalados e estagnados que representam muitas vezes um travão ao próprio desenvolvimento económico e social local que deve assentar nos princípios da sustentabilidade e da subsidiariedade.
      Perante o desânimo, a resignação e o nada a fazer, pretende este movimento contrapor o ânimo e a esperança num futuro melhor, contribuindo assim para reforçar a dignidade e o orgulho de se ser transmontano.
      Nasce este movimento na aldeia de Varge e pretende que se estenda a outras localidades transmontanas, prevendo na sua atuação a discussão pública de grandes projetos e a elaboração e concretização de outros de menor dimensão, mas com reconhecido interesse para a revitalização das aldeias e para a promoção da nossa região.
      Reposta a capacidade de sonhar, resta-nos honrar todos quantos lutaram pelo desenvolvimento e progresso de Trás-os-Montes, lembrando aqui como meros exemplos o Abade de Baçal que desvendou ao mundo parte dos nossos tesouros históricos, e Abílio Beça que trouxe o comboio e o progresso até Bragança.  
      No âmbito da União Europeia e em consonância com as suas diretivas, é pertinente trabalhar em projetos transfronteiriços como a forma mais eficaz para romper com os problemas da interioridade, sendo assim de grande utilidade promover a partilha cultural e económica entre Castilla Leon, Galiza  e Trás-os-Montes, consolidando as afinidades históricas e culturais que nos unem desde há milhares de anos.
      E como é com o sonho que o mundo pula e avança, no dizer do poeta, é legítimo reivindicar de novo a reposição da linha férrea modernizada e com a ligação à Sanábria, fazendo com que a nossa cidade de Bragança seja a primeira cidade portuguesa a ter acesso à alta velocidade, (a linha que passará na Sanábria para a Galiza), assegurando assim a ligação a Espanha e à Europa, para além de poder abrir o parque industrial a empresas que se possam radicar na nossa região e poderem exportar de comboio os seus produtos.
      Com a morte da agricultura tradicional de subsistência torna-se urgente encontrar alternativas e assegurar a abertura das aldeias ao exterior, podendo ser o turismo rural uma das alternativas, o que  implica que os residentes tenham de saber conciliar os antigos valores da hospitalidade com as exigências de uma sociedade moderna.
      Reconhece este movimento a importância dos Parques Naturais de Montesinho e do Douro Internacional, bem como a necessidade urgente de os reestruturar de forma a que se transformem num pólo de desenvolvimento da região, com benefícios para todos quantos têm o privilégio de morar no seu interior e todos aqueles que os visitem.
      Assenta este movimento numa prestação voluntária e compromete-se a elaborar pequenos projetos e a trabalhar no sentido de encontrar fundos para a sua concretização, sempre em conjunto com as autarquias e demais agentes, visando fundamentalmente a preservação dos valores tradicionais e patrimoniais de forma a tornar as aldeias mais atrativas para todos que queiram conhecer a nossa região. 


     Varge, 1 de Novembro de 2013 

 


 

 

“DESENVOLVER, AUTONOMIZAR  Y  REJUVENECER  TRÁS-OS-MONTES” 


     Disconformes con la  desertificación, el abandono, el envejecimiento y la  falta de respeto a que desde siempre el poder central tiene para con el interior y, de igual modo, para con la región de Tras-os-Montes e Alto Douro, un conjunto de transmontanos, de descendientes o amigos de transmontanos, habitantes permanentes o temporales o simplemente personas que conocían a Tras-os-Montes, deciden constituirse en movimiento cívico, denominándose “DESENVOLVER,  AUTONOMIZAR E REJUVENESCER TRÁS-OS-MONTES”, abreviadamente (DART), con el propósito reiterado de oponerse a las políticas llevadas a cabo hasta hoy por el  poder central. 
      Es un movimiento cívico abierto a todos los ciudadanos que subscriban los principios aquí expresados, independientemente de su afiliación política, de la cultura o etnia a que pertenezca y del credo religioso que profesen, que pretende colaborar con todos los servicios públicos, instituciones y asociaciones ya  existentes, teniendo en cuenta solamente la defensa y valoración de la cultura y de las condiciones de vida de los transmontanos.
Este movimiento se fundamenta en los valores democráticos vivenciados en nuestra región desde hace siglos, reconoce la importancia de todos los agentes políticos que contribuyen a profundizar en la democracia, defiende una política de dimensión noble que debe apuntar sólo al bien público y también tiene la intención de ser una seria advertencia a los poderes fácticos y el estancamiento que son muchas veces una traba al propio desenvolvimiento económico y social local que debe asentarse en los principios de la sustentabilidad y de la subsidiariedad.
Ante el desánimo, la resignación y el nada hacer, pretende este movimiento contraponer el ánimo y la esperanza en un futuro mejor, contribuyendo así a reforzar la dignidad y el orgullo de ser transmontano.
     Nace este movimiento en la aldea de Varge y pretende que se extienda a otras localidades transmontanas, previendo en su actuación la discusión pública de grandes proyectos y la elaboración y concretización  de otros de menor dimensión, pero con reconocido interés para la revitalización de las aldeas y para la promoción de nuestra región.
     Repuesta la capacidad de soñar, nos resta honrar a todos cuantos lucharán por el desenvolvimiento y el progreso de Tras-os-Montes, recordar aquí como meros  ejemplos al Abad  Baçal que abrió al mundo parte de nuestros  tesoros  históricos, y Abilio Beça que trajo el tren y el progreso a Bragança.  
     En el ámbito de la unión europea y en consonancia con sus directivas, es pertinente trabajar en proyectos trasfronterizos como la forma más eficaz para romper con los problemas de la interioridad, siendo por lo tanto, de gran utilidad para promover el intercambio cultural y económico entre Castilla-León, Galicia y Tras-os-Montes, consolidando las afinidades históricas y culturales que nos unen desde hace miles de años.
     Y cómo es que al igual que el mundo de los sueños salta y avanza, como dice el poeta, es legítimo reivindicar de nuevo la reposición  de la línea férrea modernizada y que nos una a Sanabria, haciendo que nuestra ciudad de Bragança sea la primera ciudad portuguesa en  tener acceso a la  alta velocidad, (la línea que pasará por Sanabria para Galicia), asegurando así la unión a España y a Europa, para poder abrir el parque industrial a empresas que se puedan radicar en nuestra región y poder exportar por ferrocarril sus productos.
     Con la muerte de la agricultura tradicional de subsistencia urge encontrar alternativas y asegurar la apertura de las aldeas al exterior, pudiendo ser el turismo rural una de las alternativas, lo que  implica que los residentes tengan  que saber conciliar los antiguos valores de la hospitalidad con las exigencias de una sociedad moderna.
     Este movimiento reconoce la importancia de los Parques Naturales de Montesinho y del Douro Internacional, bien como la necesidad urgente de reestructurarlos para que se transformen en un polo de desenvolvimiento de la región, con beneficios para todos cuantos tienen el privilegio de vivir en ellos y todos aquellos que los visiten.
     Este movimiento se fundamenta en una prestación voluntaria y se compromete a elaborar pequeños proyectos y a trabajar en la búsqueda de fondos para su realización, siempre en colaboración con las autoridades locales y otros agentes, principalmente para la conservación de los valores tradicionales y patrimoniales de las aldeas más atractivas para todos los que quieran conocer nuestra región. 


     Varge, 1 de Noviembre de 2013 
     (Traducido por Félix Gende Río)